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Fui ontem ver aquele filme do Wong Kar-Wai, adorei. Como diz a resenha desconfio que seja A new film classic. [28.2.01] Sábado choveu terrivelmente, entrou água aqui em casa e pingou aqui no porão, ainda não terminei de arrumar o caos resultante mas graças ao meu irmão que botou plásticos no computador e tirou o amplificador da estante, não molhou nada de importante. Esta semana morreu o circuito de som do meu Mac e agora estou sem música. O tocador de CD tinha estragado num desastre anterior e agora preciso comprar pilhas pro radinho de ondas curtas que andava encostado. Vou subir aqui [assim que puder] material de um projeto muito bacana de um conjunto habitacional para jovens carteiros feito para o correio francês. De um livro jóia que eu tenho chamado Le logement collectif, um "caderno técnico" da editora Le Moniteur. [26.2.01] Ganhei hoje do meu amigo André Augusto uma linda edição bilingue (francês e português) de um texto do Jaques Pilon Arquitetura no Brasil. Da Casa do Bandeirante ao Palácio do IV Centenário ilustrado com duas xilogravuras do Ariosto Mila. Vai até dia 28 de fevereiro a exposição do Pancetti na FAAP. Muito boa, se puder vou ainda mais uma vez. Minha amiga Ariel me mandou pelo correio um estojo de aquarela, preciso arrumar tempo e fazer umas experiências. [18.2.01] Dor de garganta é uma droga. Não saber ler espanhol também. Tou eu aqui com dor de garganta, sem saber ler espanhol, mas me divertindo lendo uma coletânea do Borges em inglês (que vergonha). Labyrinths - Selected Stories & Other Writings. Confesso que não é a primeira vez que leio Borges em inglês, para me redimir eu estou pensando em comprar uma edição bilingue (da Penguin) das poesias dele. [13.2.01] Pobres trabajadores. ¡Cornudos y apaleados! El trabajo es una maldición, Saturno. ¡Abajo el trabajo que se hace para ganarse la vida! Este trabajo no dignifica, como dicen, no sirve más que para llenarles la panza a los cerdos que nos explotan. Por el contrario, el trabajo que se hace por gusto, por vocación, ennoblece al hombre. Todo el mundo tendría que trabajar así. Mirame a mí: Yo no trabajo. Y ya lo ves vivo, vivo mal, pero vivo sin trabajar. [Don Lope, em Tristana de Luis Buñuel] [9.2.01] Ontem faltou luz três vezes aqui em casa, a última vez lá pela meia-noite. Fiquei contente de ter uma desculpa pra não fazer o trabalho que tinha de fazer, perdi um bom tempo procurando fósforos, acendi uma vela e fiquei lendo meu livro. Essas ocasiões sempre me fazem pensar em duas coisas: na nossa íntima dependência de certas tecnologias; em como livros, lápis e papel são essenciais. [6.2.01] Biografias que eu li, tou lendo, ou pretendo ler. Strange Beauty Murray Gell-Mann and the revolution in Twentieth-Century Physics escrita por George Johnson. Tou quase terminando de ler, foi d'onde eu pesquei a citação do Francis Bacon ai em baixo. A Life of Erwin Schrödinger do Walter Moore [CUP], comecei faz um tempão mas parei logo no começo. Tinha lido do próprio Schrödingerum par de ensaios muito interessantes: Nature and the Greeks e Science and Humanism com um prefácio do Roger Penrose. E também um outro livrinho jóia feito a partir de umas palestras intituladas What is Life? que dizem ter influenciado o James Watson e o Francis Crick (e uma pá gente importante). Peter Rice: An Engineer Imagines espécie de autobiografia desse grande engenheiro que começou a carreira na Ove Arup trabalhando com o Utzon na ópera de Sidnei, mais pra frente colaborou com Rogers, Renzo Piano... Recomendo pra quem tem interesse em arquitetura (costumo indicar pros amigos engenheiros, pra mostrar o que é boa arquitetura, nas palavras de um engenheiro esclarecido). Tem um capítulo brilhante sobre fotografia, outro sobre um "teatro a luz da lua". Um livro especialmente bom, bonito e interessante. [publicado pela Ellipsis] Aldo van Eyck the shape of relativity sobre esse arquiteto holandês que participou do Team X, colaborou com o grupo COBRA e era fã da Lina Bo Bardi (tem um documentário fantástico em que ele descreve, e sobe, maravilhado a escada feita pela Lina no Solar do Unhão) tou a quase um ano "no meio" desse livrão (o autor chama Francis Strauven). Preciso tomar vergonha e terminar. William Morris do E.P. Thompson. Coisa fina, tá na estante me esperando. [4.2.01] Finalmente acabo de por as mãos na minha cópia de The Elements of Typographic Style do Robert Bringhurst. Pra quem não sabia do meu forte interesse por Tipografia, sou "membro" da AtypI e assinante (lurker e relapso) da Typo-L. [2.2.01] lugaralgum / liaisons / blog / Alexandre Villares |